domingo, 27 de novembro de 2011

A terra um planeta a proteger

A Terra e os planetas Telúricos

O sistema solar: meteoróides


Um meteoróide é matéria que gira ao redor do Sol ou qualquer objecto, no espaço interplanetário, demasiado pequeno para ser chamado asteróide ou cometa. Formam-se devido à colisão entre asteróides ou à desagregação de cometas.
Os meteoróides, quando atraídos pelo campo gravitacional terrestre, penetram na nossa atmosfera, aquecem e tornam-se incandescentes devido ao atrito, deixando um rasto luminoso designado meteoro ou estrela cadente (1).
Os meteoróides que resistem a este atrito e colidem com a superfície terrestre, recebem o nome de meteoritos. O impacto pode provocar uma depressão saliente designada cratera de impacto.



Os meteoritos podem ser classificados, em função da sua composição, em: sideritos ou férreos (metálicos) - constituídos por uma liga de ferro e níquel e com densidade superior a 7; siderólitos ou petroférreos (metalo-rochosos) - constituídos, aproximadamente, por 50% de uma liga de ferro e níquel e por 50% de silicatos e com densidade de cerca de 5,5; aerólitos ou pétreos (rochosos) - constituídos, essencialmente, por silicatos e uma reduzida percentagem de ferro e níquel, com densidade de cerca de 3,4 (podem apresentar pequenas esférulas designadas côndrulos).







Meteoróide - Matéria que gira ao redor do sol ou qualquer objecto, no espaço interplanetário, demasiado pequeno para ser chamado asteróide ou cometa.
Meteoros - Meteoróides que penetram na atmosfera mas nunca atingem a superfície terrestre.




(1)- Quando ocorrem simultaneamente muitos meteoros (o que pode acontecer se a Terra interceptar a cabeleira de um cometa, onde abundam fragmentos rochosos) origina-se uma chuva de estrelas.
O sistema solar: asteróides e cometas


Os asteróides, classificados como pequenos corpos (normalmente rochosos, existindo alguns de constituição metálica) de forma irregular do Sistema Solar, gravitam em torno do Sol. Existem milhares de asteróides, mas a sua massa total é inferior à da Lua.



De acordo com a sua órbita, temos vários grupos, de onde se destacam os:
- asteróides que pertencem à Cintura de Asteróides, que se encontra entre as órbitas de Marte e Júpiter (conhecem-se dezenas de milhares e estima-se que sejam milhões);
- Asteróides Próximos da Terra (NEA - Near-Earth Asteroids), que se localizam próximo da Terra e cujas órbitas, muito mais elípticas, se estendem aos planetas interiores e, portanto, podem, potencialmente, entrar em colisão com a Terra;
- Asteróides Troianos que se movimentam ao longo da órbita de Júpiter;
- Asteróides Centauros que orbitam na zona externa do Sistema Solar.

Os cometas, também classificados como pequenos corpos (diâmetro entre 1 km e 10 km) do Sistema Solar (giram à volta do Sol com órbitas muito excêntricas), são massas de reduzidas dimensões, se comparados com os planetas, e constituídos fundamentalmente por um núcleo rochoso envolvido por camadas de gelo e poeiras.
Podem ter origem na Cintura de Kuiper (depois da órbita de Plutão) ou na Nuvem de Cometas de Oort (depois da Cintura de Kuiper).
Ficam estruturados em 3 partes, sempre que a sua órbita se aproxima do Sol: um núcleo brilhante, uma cabeleira e uma cauda branca comprida (milhões de quilómetros) resultante da evaporação provocada pelo calor do Sol.
O sistema solar: planetas


Os planetas do sistema solar agrupam-se em três categorias:

Planetas (principais) - descrevem as suas órbitas directamente em torno do Sol, têm um valor de massa suficiente para assumirem uma forma aproximadamente esférica e a vizinhança da sua órbita está livre da presença de outros objectos.
Planetas anões - descrevem as suas órbitas directamente em torno do Sol, têm um valor de massa suficiente para assumirem uma forma aproximadamente esférica, a vizinhança da sua órbita não está livre da presença de outros objectos e não são satélites.
Planetas secundários ou satélites - descrevem translações em torno dos planetas principais.

Os planetas (principais) classificam-se segundo as suas características físicas em ois grandes grupos: planetas telúricos ou rochosos e planetas gasosos ou gigantes.


[Figura Netxplica]

Planetas telúricos, rochosos ou terrestres- Assim chamados devido às semelhanças que apresentam com a Terra, são planetas essencialmente constituídos por materiais sólidos (elevada densidade), apresentando-se estruturados em camadas com densidade elevada. Têm um diâmetro menor ou próximo do diâmetro da Terra. As atmosferas, quando existem, são pouco extensas relativamente às dimensões dos respectivos planetas. Os movimentos de rotação são lentos e possuem poucos ou nenhum satélite. São planetas telúricos Mercúrio, Vénus, Terra e Marte.

Planetas gasosos ou gigantes - Designação dos planetas, também chamados planetas longínquos, que possuem diâmetros muito superiores aos dos planetas telúricos. Apresentam baixa densidade e são essencialmente formados por gases. Possuem um núcleo pequeno, movem-se com maior velocidade que os planetas telúricos e, na generalidade, apresentam numerosos satélites. São planetas gigantes Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno.

Nota: A partir do dia 24 de Agosto de 2006 Plutão passou a ser considerado um planeta anão. Esta alteração de classificação deve-se ao facto de Plutão não cumprir um dos requisitos da definição de planeta, isto é, a sua órbita faz-se numa zona, conhecida como Cintura de Kuiper, onde estão localizados muitos outros objectos celestes. Como tal, a vizinhança da órbita deste planeta não se encontra "livre". Entre outros planetas anões incluem-se o 2003UB313 (informalmente conhecido como Xena), um corpo celeste maior que Plutão, descoberto em 2003 em órbita do Sol na Cintura de Kuiper, e Ceres, o maior asteróide da Cintura Interna de Asteróides. Assim, a partir desta data (26.Ago.2006) o nosso Sistema Solar passou a ter apenas 8 planetas (principais). Planetas anões
Terra - acreção e diferenciação


Uma das hipóteses actualmente mais aceites relativamente à formação do Sistema Solar é a Teoria Nebular, que considera que o Sol e os planetas do Sistema Solar evoluíram pelos mesmos processos e ao mesmo tempo, há cerca de 4600 Ma.

Tal como os outros planetas, o planeta Terra também teve a sua origem a partir da acreção de materiais da nébula solar, passando por um processo de diferenciação, da qual resultaram as várias camadas: atmosfera, crosta, manto e núcleo. A acreção correspondeu à captura de materiais do meio, a diferenciação traduziu-se pela migração de materiais quer para o centro do planeta (para onde se deslocaram os mais densos como o ferro e o níquel), quer para a superfície (os menos densos).



Acreção - Processo pelo qual, na nébula solar primitiva, corpos sólidos se agregaram para formarem os planetas.
Teoria da origem do sistema solar - Hipótese Nebular


Hoje considera-se que o Sol e os planetas do sistema solar evoluíram pelos mesmos processos e ao mesmo tempo que a Terra, há cerca de 4600 M.a. Durante centenas de anos foram elaboradas teorias que procuraram explicar os factos então conhecidos. No entanto, nos últimos anos, os astrónomos aceitam a Teoria Nebular, como a hipótese mais plausível, embora com algumas alterações à Teoria Nebular original - Teoria Nebular Reformulada.



[Imagem Porto Editora]

No disco proto-planetário ter-se-iam verificado colisões entre as partículas que agregando-se, isto é, acreccionando, teriam originado corpos rochosos cada vez maiores designados por planetesimais, cujo aumento da massa permitiu a retenção de uma atmosfera. Os cometas e alguns asteróides são restos desses planetesimais, sendo, por isso, dos mais antigos corpos do Sistema Solar. Os primeiros planetas telúricos teriam aparecido nas zonas mais densas do disco proto-planetário, isto é, mais próximo do Sol, tendo a radiação solar impedido a incorporação dos elementos menos densos na constituição destes planetas, ficando a ser constituídos por elementos mais densos como o ferro, o níquel, o oxigénio e o silício. Os planetas gigantes encontram-se mais afastados do Sol e isto foi consequência da radiação solar, que afastou da sua vizinhança a maior parte dos elementos químicos menos densos, como o hidrogénio e o hélio, no estado gasoso - devido à grande distância ao Sol, os gases passaram, em grande parte, ao estado sólido. Toda esta evolução ter-se-ia dado num período de tempo relativamente curto, de alguns milhões de anos.

A teoria nebular reformulada é coerente com os seguintes factos observados:
- Todos os corpos do Sistema Solar têm uma idade idêntica.
- Todas as órbitas planetárias são quase complanares, formando um disco.
- Os movimentos dos planetas nas suas órbitas são todos no mesmo sentido.
- Os planetas têm movimentos de rotação no mesmo sentido, excepto Vénus e Úrano.
- A densidade dos planetas mais próximos do Sol é superior à dos planetas mais afastados.

Não explica, no entanto, a baixa velocidade de rotação apresentada pelo Sol.
O sistema solar


Na 26ª Assembleia Geral da União Astronómica Internacional, realizada em Praga, em 2006, foi votada uma resolução que visou a criação de novas categorias de classificação dos corpos do Sistema Solar.

Actualmente, considera-se que o Sistema Solar é constituído por uma estrela central, o Sol (que ocupa cerca de 99% da massa do Sistema Solar), à volta da qual giram oito planetas principais, dezenas de planetas secundários, alguns planetas anões e outros objectos referidos colectivamente como Pequenos Corpos do Sistema Solar, onde se incluem os asteróides e os cometas. Calcula-se que o Sistema Solar possúa um diâmetro de 12 000 milhões de quilómetros.

A União Astronómica Internacional define planeta principal como sendo um corpo celeste que: 1) orbita em torno do Sol; 2) tem massa suficiente para que a própria gravidade seja suficiente para que o corpo assuma forma aproximadamente esférica. 3) atraiu para a sua superfície todos os corpos celestes na vizinhança da sua órbita, possuindo-a desimpedida de outros astros.



[Fig. Transparências Areal Editores]


O nosso sistema solar é constituído pelo Sol e por todos os corpos que gravitam em torno dele, isto é, planetas, asteróides e cometas.

Sol - O Sol, nossa fonte de luz e de vida, é a estrela mais próxima de nós e a que melhor conhecemos. Basicamente, é uma enorme esfera de gás incandescente, em cujo núcleo acontece a geração de energia através de reações termo-nucleares. O estudo do Sol serve de base para o conhecimento das outras estrelas, que de tão distantes aparecem para nós como meros pontos de luz.

Planetas - Corpos celestes que estão em órbita em torno do Sol, têm um valor de massa suficiente para estarem em equilíbrio hidrostático e assumirem uma forma aproximadamente esférica e cuja vizinhança da órbita está livre da presença de outros objectos.



Asteróides - Corpos rochosos de forma irregular que se deslocam geralmente entre as órbitas de Marte e Júpiter. Classificados com pequenos corpos do Sistema Solar.



Cometas - Corpos celestes muito primitivos do Sistema Solar, rochosos, de diâmetro de 8 a 10 km com órbitas muito excêntricas relativamente ao Sol. Classificados com pequenos corpos do Sistema Solar.

Qual o passado e futuro do nosso planeta?




1765 - George Louis Leclerc, conde de Buffon, formulou uma teoria catastrófica. Ele propôs que a colisão de um cometa com o Sol teria arrancado parte da matéria dessa estrela. Mais tarde essa matéria ter-se-ia condensado, formando os planetas que conhecemos.

1755 e 1796 – Teoria nebular, proposta independentemente pelo filósofo alemão Emmanuel Kant, em 1755, e pelo filósofo francês Pierre Simon Laplace, em 1796. Essa teoria é o fundamento das teorias mais modernas sobre a formação do Sistema Solar. Segundo a teoria nebular de Kant e Laplace, teria inicialmente existido uma enorme nuvem difusa formada por gás e poeira, na região onde hoje está o Sistema Solar. Essa nuvem, que girava lentamente, foi chamada nebulosa proto-solar.

1900 - No início do século XX, dois astrónomos norte-americanos ,Thomas Chamberlin e Forest Moulton, desenvolveram uma teoria catastrófica segundo a qual uma estrela, ao passar numa órbita muito próxima ao Sol, extraiu parte de sua matéria. Essa matéria ter-se-ia condensado em blocos que ficariam a orbitar na direcção em que haviam sido arrancados. Os pedaços ter-se-iam juntado, formando, deste modo, os planetas.

Estas teorias sofreram várias objecções: No caso da teoria nebular, a velocidade de rotação do Sol deveria ser maior e o gases expelidos pelo Sol deveriam ter-se espalhado pelo Espaço, em vez de condensarem sob a forma de planetas sólidos.
A teoria de Chamberlin e Moulton também foi abandonada por ser extremamente improvável a passagem de uma estrela próximo do Sol. Além disso, o material arrancado certamente voltaria a cair sobre o Sol e não formaria planetas.

A Terra, que nos pode parecer grande, não é mais do que uma minúscula parte do Universo. Vivemos numa esfera colorida, bonita e única da qual dependemos, tal como os outros organismos vivos. Por isso, é importante conhecê-la, estimá-la e aprender a geri-la com sabedoria

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Significado dos termos Graben e Horst

Graben ou fossa tectónica é a designação dada em geologia estrutural a uma depressão de origem tectónica, geralmente com a forma de um vale alongado com fundo plano, formada quando um bloco de território fica afundado em relação ao território circundante em resultado dos movimentos combinados de falhas geológicas paralelas ou quase paralelas.
A formação de um graben resulta do afundamento relativo de um bloco, formando uma estrutura que se distingue dos vales de origem erosiva pela presença de escarpas de falha em ambos os lados da zona deprimida. Dada a sua origem tectónica, os graben estão frequentemente associados a estruturas complexas onde se alternam as zonas deprimidas (os graben) e as zonas levantadas (os horst), em faixas com relativo paralelismo.
A palavra "graben" é de origem alemã, língua em que significa escavação ou vala.
Em contextos geotectónicos alargados (isto é em estruturas com centenas ou milhares de quilómetros de extensão) os graben são por vezes designados por vales de rift (ou, aportuguesado, de rifte)