segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A medida do tempo geológico

A medida do Tempo e a idade da Terra

 
A descoberta da radioactividade e a interpretação dos seus resultados permitiu a utilização do de-caimento radioactivo dos elementos para a datação terrestre, surgindo, deste modo, a datação absoluta. Os fósseis de idade foram outro elemento utilizado para a datação da Terra - datação relativa.  
A datação absoluta e a datação relativa são dois processos de datação das rochas, permitindo-nos obter uma idade radiométrica ou absoluta e uma idade relativa, respectivamente. A datação relativa, como o nome indica, não permite obter uma idade absoluta, isto é, em valores numéricos, mas uma comparação de idades. Pelo contrário, a datação absoluta permite-nos obter um valor numérico para uma determinada idade. Por exemplo, se disseres que o José tem 18 anos e que o Pedro tem 16 anos, estás a efectuar uma datação absoluta, mas se disseres que o Pedro é mais novo do que o José, então efectuaste uma datação relativa.

Idade relativa

A idade relativa, obtida por um processo de datação relativa, não nos permite determinar um valor numérico para a idade da Terra nem dos seus materiais constituintes, permitindo-nos ape-nas estabelecer relações entre os seus diferentes constituintes.
A datação relativa apoia-se na posição relativa dos estratos (princípio da horizontalidade e princípio da sobreposição dos estratos) e na presença de fósseis de idade (princípio do sincronismo ou da identidade paleontológica)
 
Princípio da horizontalidade
Os estratos sedimentares formam-se horizontalmente, isto é, os sedimentos depositam-se horizontalmente à medida que vão chegando à bacia de sedimentação, por efeito gravítico.
Os  sedimentos depositam-se na horizontal
 
 
Princípio da sobreposição dos estratos
Numa sequência estratigráfica não deformada, um estrato mais recente sobrepõe-se a um estrato mais antigo, o que significa que os estratos serão tanto mais antigos quanto mais profundos se encontrarem e tanto mais recentes quanto mais superiormente se encontrarem na sequência estratigráfica.
Logicamente que os sedimentos, por efeito gravítico, se vão depositando horizontalmente à medida que vão chegando à bacia de sedimentação. Os primeiros sedimentos a depositarem-se serão os mais antigos, enquanto os últimos a depositarem serão os mais recentes, encontrando-se colocados na parte superior em relação a todos os outros. O princípio da sobreposição dos estra-tos afirma-nos precisamente isto.
 
 
 
Princípio do sincronismo ou da identidade paleontológica

Dois estratos apresentam a mesma idade se apresentarem o mesmo fóssil de idade.

 
 
 
Um fóssil de idade corresponde ao fóssil de um ser vivo que viveu apenas durante um curto período de tempo, embora possa ter ocupado uma extensa área e zonas muito dispersas da Terra. É o caso das trilobites, que, tendo vivido apenas durante o Câmbrico, nos permitem datar como câmbrica qualquer formação rochosa em que sejam encontradas.
A presença de um fóssil de idade em dois estratos diferentes, mesmo que se encontrem muito distanciados, permite-nos afirmar que os dois estratos possuem a mesma idade.
 
 
  

Idade absoluta ou radiométrica

 
A idade radiométrica permite-nos obter um valor numérico para a idade das rochas, determinado em milhões de anos (M.a.). A determinação da idade radiométrica, baseia-se na desintegração de isótopos radioactivos naturais, geralmente de potássio (K-40), rubídio (Rb-87), urânio (U-235 e U-238) e carbono (C-14). Este facto torna imediatamente limitativa a aplicação deste método de datação a todas as rochas, pois nem todas apresentam na sua constituição mineralógica elementos radioactivos ou, então, possuem-nos numa quantidade muito pequena, o que inviabiliza a sua utilização.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os átomos iniciais de um isótopo radioactivo (isótopo-pai) são incorporados na estrutura dos minerais, aquando da génese desses minerais, logo, da rocha que os contém. Como estes elementos são instáveis, o núcleo dos seus átomos desintegra-se espontaneamente, libertando radioactividade, isto é, energia sob a forma de calor e radiações, originando um novo isótopo, o isótopo-filho. Este isótopo-filho é mais estável que o isótopo-pai, ocorrendo a desintegração sempre no sentido de obtenção de isótopos-filhos cada vez mais estáveis.
 
 
 
A semivida, meia--vida ou período de semitransformação corresponde ao tempo necessário para que ocorra a desintegração de metade do número inicial de isótopos-pais de uma amostra, originando isótopos-filhos estáveis. Os valores de semivida obtidos numa determinada rocha, até à actualidade, permitem-nos datar radiometricamente essa rocha.
 
 
 
 
Curva de decaímento do isótopo-pai em isótopo-filho
 
 
As rochas magmáticas, ao contrário das rochas sedimentares e metamórficas, são rochas que podem ser sujeitas a este método de datação. As rochas metamórficas e as rochas sedimentares resultam da acumulação e da transformação (diagénese ou metamorfismo) de sedimentos com origens e idades diferentes, o que impede que seja determinada a idade absoluta da sua génese. O método de datação radiométrica é baseado no facto de os isótopos radioactivos se desintegrarem espontaneamente, a uma velocidade constante, ao longo do tempo para cada um dos diferentes elementos radioactivos. A velocidade de decaimento não é afectada pelas condições ambientais (temperatura, humidade, pressão), o que torna o seu valor específico do elemento e não das condições a que esse elemento está sujeito.
 

Classificação de Rochas

Classificação de rochas - Atividade prática

terça-feira, 11 de outubro de 2011

A medida do tempo geológico


A medida do tempo geológico e a idade da Terra

O tempo geológico é um tempo longo. A Terra tem uma idade aproximada de 4600 Ma. Ao longo do tempo a superfície da Terra mudou, tanto em termos geológicos como biológicos. As rochas guardam os acontecimentos da história da Terra nos estratos sedimentares e nos fósseis.



Fósseis são restos de organismos que se extinguiram ou vestígios da sua existência. Constituem fósseis, ossos, dentes, conchas e carapaças, pegadas ou ovos. O registo fóssil de animais e plantas ocorre numa ordem cronológica definida, pelo que um determinado período geológico pode ser reconhecido pelos seus fósseis característicos.





O Princípio da sobreposição estabelece que, numa sequência de estratos sedimentares não deformados, um estrato sedimentar é sempre mais antigo do que aquele que o cobre e mais recente do que aquele que lhe serve de base.
A localização no tempo de acontecimentos que marcaram a história da Terra pode ser feita em termos de idade relativa ou idade radiométrica.





A escala do tempo geológico baseia-se na seriação, em termos cronológicos, dos acontecimentos que marcaram a história da Terra, desde a sua formação até à actualidade. Esta escala está graduada em divisões de várias ordens: era, período, época e idade.
As eras em que se divide a história da Terra são: Pré-Câmbrica, Paleozóica, Mesozóica e Cenozóica. A transição de eras corresponde a períodos marcados por grandes extinções. A extinção de uma espécie verifica-se quando esta desaparece sem deixar descendentes, pelo que a linha evolutiva poderá ser quebrada deixando de ter continuidade.


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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Power point - Nº1

Rochas - arquivos que relatam a história da Terra
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Rochas sedimentares

Breccia breccia
Breccia é uma rocha sedimentar clástica que é composto de grande porte (mais de dois milímetros de diâmetro) fragmentos angular. Os espaços entre os grandes fragmentos podem ser preenchidos com uma matriz de partículas menores ou um cimento de mineral que liga a pedra juntos. A amostra acima é de cerca de duas polegadas (cinco centímetros) de diâmetro.

Chert
chert
Chert é um microcristalina ou criptocristalino materiais rocha sedimentar composta de dióxido de silício (SiO 2). Ela ocorre como nódulos e massas concrecionários e, menos freqüentemente, como um depósito em camadas. Rompe com uma fratura concoidal, muitas vezes produzindo pontas muito afiadas. As pessoas cedo se aproveitou de quebras como chert e é usado para ferramentas de corte de moda e armas. A amostra acima é de cerca de duas polegadas (cinco centímetros) de diâmetro.

Carvão
carvão
O carvão é uma rocha sedimentar que se forma orgânica, principalmente de resíduos vegetais. Os restos de plantas normalmente se acumula em um ambiente de pântano. Carvão é combustível e é muitas vezes extraídas para utilização como combustível. A amostra acima é de cerca de duas polegadas (cinco centímetros) de diâmetro.

Conglomerado
conglomerado
Conglomerado é uma rocha sedimentar clástica que contém grande (maior que dois milímetros de diâmetro) partículas arredondadas. O espaço entre as pedras geralmente é preenchido com partículas menores e / ou um cimento químico que se liga a pedra juntos. A amostra acima é de cerca de duas polegadas (cinco centímetros) de diâmetro.

Minério de Ferro
minério de ferro - hematita
Minério de Ferro é uma rocha sedimentar química que se forma quando o ferro e oxigênio (e às vezes de outras substâncias) se combinam em solução e como um depósito de sedimentos. Hematita (mostrada acima) é o mais comum mineral de minério de ferro sedimentar. A amostra acima é de cerca de duas polegadas (cinco centímetros) de diâmetro.

Calcário
calcário
O calcário é uma rocha que é composta principalmente de carbonato de cálcio. Pode formar organicamente a partir do acúmulo de concha, coral, algas e detritos fecais. Ele também pode formar quimicamente a partir da precipitação de carbonato de cálcio do lago ou água do oceano. O calcário é utilizado de várias maneiras. Algumas das mais comuns são: produção de cimento, brita e neutralização do ácido. A amostra acima é de cerca de duas polegadas (cinco centímetros) de diâmetro.

Sal-gema
sal-gema
Salt Rock é uma rocha sedimentar química que se forma a partir da evaporação do oceano ou lago águas salinas. É também conhecido pelo nome de mineral "halite". É raramente encontrada na superfície da Terra, exceto em áreas de clima muito árido. Muitas vezes, é extraído para uso na indústria química ou para uso como um tratamento estrada inverno. Alguns halite é processado para uso como um tempero para comida. A amostra acima é de cerca de duas polegadas (cinco centímetros) de diâmetro.

Arenito
arenito
Arenito é uma rocha sedimentar clástica composta principalmente de areia de tamanho (1 / 16-2 milímetros de diâmetro) intemperismo detritos. Ambientes onde grandes quantidades de areia pode acumular incluem praias, desertos, planícies de inundação e deltas. A amostra acima é de cerca de duas polegadas (cinco centímetros) de diâmetro.


Xisto
xisto
O xisto é uma rocha sedimentar clástica que é composta de argila de tamanho (menos de 1 / 256 milímetro de diâmetro) intemperismo detritos. Ele normalmente se divide em finas peças planas. A amostra acima é de cerca de duas polegadas (cinco centímetros) de diâmetro.

Siltito
siltito
Siltito é uma rocha sedimentar clástica que se forma a partir de sedimentos de tamanho (entre 1 / 256 e 1 / 16 milímetros de diâmetro) intemperismo detritos. A amostra acima é de cerca de duas polegadas (cinco centímetros) de diâmetro.

Rochas metamórficas

Anfibolito Anfibolito
Anfibolito é uma rocha metamórfica não-foliados que se forma através de recristalização em condições de alta viscosidade e pressão dirigida. É composta principalmente de anfibólio e plagioclásio, geralmente com quartzo muito pouco. A amostra acima é de cerca de duas polegadas (cinco centímetros) de diâmetro.


Gneisse
gneisse
Gnaisse é foliada, rocha metamórfica que tem uma aparência unida e é composta de grãos minerais granular. Ele geralmente contém abundantes minerais quartzo ou feldspato. A amostra acima é de cerca de duas polegadas (cinco centímetros) de diâmetro.



Corneanas
corneanas
Corneanas é um refinado rocha metamórfica nonfoliated sem composição específica. É produzido por metamorfismo de contato. Corneanas é uma rocha que foi "cozido", enquanto perto de uma fonte de calor, como uma câmara de magma peitoril, ou dique. A amostra acima é de cerca de duas polegadas (cinco centímetros) de diâmetro.

Mármore
mármore
O mármore é uma rocha metamórfica não-foliados, que é produzida a partir do metamorfismo de calcário. É composta principalmente de carbonato de cálcio. A amostra acima é de cerca de duas polegadas (cinco centímetros) de diâmetro.

Filito
filito
Filito é uma rocha metamórfica foliate que é composta principalmente de mica muito fina de grãos. A superfície do filito é tipicamente brilhante e, às vezes enrugada. É intermediária no grau entre ardósia e xisto. A amostra acima é de cerca de duas polegadas (cinco centímetros de diâmetro).

Quartzito
quartzito
Quartzito é uma rocha metamórfica não-foliados, que é produzida pelo metamorfismo de arenito. É composta principalmente de quartzo. A amostra acima é de cerca de duas polegadas (cinco centímetros) de diâmetro.

Xisto (Xisto Clorito)
clorito de xisto
Xisto é uma rocha metamórfica com foliação bem desenvolvida. Muitas vezes contém quantidades significativas de mica, que permitem a rocha para dividir em pedaços finos. É uma rocha de grau metamórfico intermediário entre filito e gnaisse. O espécime acima, é um "xisto clorito" porque contém uma quantidade significativa de clorito. Trata-se de duas polegadas (cinco centímetros) de diâmetro.



Xisto (Xisto Garnet)
xisto granada
Xisto é uma rocha metamórfica com foliação bem desenvolvida. Muitas vezes contém quantidades significativas de mica, que permitem a rocha para dividir em pedaços finos. É uma rocha de grau metamórfico intermediário entre filito e gnaisse. O espécime acima, é um "granada xisto", pois contém uma quantidade significativa de granada. Os pequenos cristais visíveis na rocha são pequenas granadas vermelho. Trata-se de duas polegadas (cinco centímetros) de diâmetro.



Xisto (Xisto moscovita)
muscovita xisto
Xisto é uma rocha metamórfica com foliação bem desenvolvida. Muitas vezes contém quantidades significativas de mica, que permitem a rocha para dividir em pedaços finos. É uma rocha de grau metamórfico intermediário entre filito e gnaisse. A amostra acima é uma "moscovite de xisto", pois contém uma quantidade significativa de moscovite mica. Trata-se de duas polegadas (cinco centímetros) de diâmetro.



Ardósia
ardósia
A ardósia é uma rocha metamórfica foliated que é formado através do metamorfismo de xisto. É uma rocha metamórfica de baixo grau que se divide em pedaços finos. A amostra acima é de cerca de duas polegadas (cinco centímetros) de diâmetro.

Rochas magmáticas

Andesito andesito
Andesito é uma granulação fina, rock ígneas extrusivas composta principalmente por plagioclase com outros minerais tais como hornblenda piroxênio e biotita. O modelo que é de cerca de duas polegadas (cinco centímetros) de diâmetro.




Basalto
basalto
Basalto é um grão fino, de cor escura de rocha ígnea extrusiva composta principalmente por plagioclase e piroxena. O modelo que é de cerca de duas polegadas (cinco centímetros) de diâmetro.



Diorito
diorito
Diorito é uma granulação grossa, rocha ígnea intrusiva que contém uma mistura de feldspato, piroxênio hornblenda, e às vezes de quartzo. A amostra acima é de cerca de duas polegadas (cinco centímetros) de diâmetro.



Gabro
gabro
Gabro é uma granulação grossa, de cor escura, rocha ígnea intrusiva que contém feldspato, augita e, por vezes olivina. A amostra acima é de cerca de duas polegadas (cinco centímetros) de diâmetro.



Granito
granito
O granito é uma granulação grossa, de cor clara, rocha ígnea intrusiva que contém sais minerais, principalmente quartzo e feldspato. A amostra acima é de cerca de duas polegadas (cinco centímetros) de diâmetro.



Obsidiana
obsidiana
Obsidiana é um vidro de cor escura vulcânica que se forma a partir do resfriamento muito rápido de material rochoso fundido. Ele resfria tão rapidamente que os cristais não se formam. A amostra acima é de cerca de duas polegadas (cinco centímetros) de diâmetro.



Pegmatitie
pegmatite
Pegmatite é um de cor clara, extremamente grosseiro rocha ígnea intrusiva. Ela forma nas proximidades das margens de uma câmara de magma durante as fases finais de cristalização do magma câmara. Muitas vezes contém minerais raros que não são encontrados em outras partes da câmara de magma. A amostra acima é de cerca de duas polegadas (cinco centímetros) de diâmetro.



Peridotito
peridotito
Peridotito é uma granulação grossa da rocha ígnea intrusiva que é composto quase inteiramente de olivina. Ele pode conter pequenas quantidades de anfibólio, feldspato, quartzo ou piroxênio. A amostra acima é de cerca de duas polegadas (cinco centímetros) de diâmetro.



Pedra-pomes
pedra-pomes
Pedra-pomes é uma rocha de cor clara vesicular ígneas. Ele faz por meio de solidificação muito rápida de uma fusão. A textura vesicular é resultado de gás aprisionado no derreter no momento da solidificação. A amostra acima é de cerca de duas polegadas (cinco centímetros) de diâmetro.



Rhyolite
riolito
Riolito é um de cor clara, de granulação fina, rock ígneas extrusivas que tipicamente contém minerais de quartzo e feldspato. A amostra acima é de cerca de duas polegadas (cinco centímetros) de diâmetro.



Escória
escória
Escória é um de cor escura, vesicular, rock extrusivas ígneas. As vesículas são resultado de gás preso dentro do derretimento no momento da solidificação. Muitas vezes, as formas como uma crosta espumante no topo de um fluxo de lava ou como material ejetado de um respiradouro vulcânico e solidificando enquanto estiver no ar. A amostra acima é de cerca de duas polegadas (cinco centímetros) de diâmetro.



Tufo calcário
tufo soldado Tuff soldado é uma rocha que é composta de materiais que foram ejetados de um vulcão, caiu para a Terra, e então litificado em uma rocha. Geralmente é composta principalmente de cinzas vulcânicas e às vezes contém partículas de tamanho maior, tais como cinzas. A amostra acima é de cerca de duas polegadas (cinco centímetros) de diâmetro.

Génese das rochas sedimentares

Génese das rochas sedimentares


As rochas sedimentares formam-se à superfície terrestre, cobrindo cerca de 75% da crosta. A sua formação resulta de um processo geológico, que pode ser dividido em várias fases.
Numa primeira fase, as rochas são alteradas através da meteorização. A meteorização pode ser física, originando partículas cada vez mais pequenas, ou química, que modifica os seus minerais. A erosão, por acção de vários agentes, remove das rochas as partículas que foram alteradas - os sedimentos. Os sedimentos sofrem, seguidamente, transporte pelas correntes (água ou vento) para outros locais. Quando as condições do meio são propícias, os sedimentos sofrem deposição, sendo acumulados em camadas horizontais designadas estratos. Finalmente, através da compactação dos estratos, ocorre a diagénese - transformação dos sedimentos em rochas sedimentares estratificadas. A estratificação consiste na disposição característica das rochas sedimentares, em camadas ou leitos sobrepostos. Esta disposição resulta das condições de sedimentação, pois a sua variação e repetição origina estratos de natureza diversa, quanto à textura, estrutura, constituição mineralógica, granularidade dos elementos e cor.



Na génese das rochas sedimentares ocorrem, fundamentalmente, duas fases: sedimentogénese e diagénese.

Sedimentogénese - Conjunto de processos que compreendem a elaboração dos materiais que vão constituir as rochas sedimentares, o transporte e a deposição desses materiais.
Diagénese - Conjunto de processos físico-quimicos que intervêm após a sedimentação e pelos quais os sedimentos evoluem para as rochas sedimentares coerentes.

Rochas metamórficas

Rochas metamórficas


Como resultado do dinamismo terrestre, as rochas podem ser deslocadas desde o local onde se formaram para zonas onde predominam outras condições.



Se as rochas aprofundarem na crusta, ficam submetidas a condições de pressão e temperatura elevadas. Mesmo mantendo-se no estado sólido, sofrem transformações que podem incluir alterações mineralógicas e modificações na forma, distribuição e orientação dos minerais. Esse conjunto de modificações caracteriza o metamorfismo, ou seja, a transformação de uma dada rocha numa rocha metamórfica. Os principais factores de metamorfismo são a temperatura, a pressão, os fluidos de circulação e o tempo. Se as condições de temperatura e de pressão forem tais que provoquem a fusão dos minerais que constituem as rochas, origina-se magma.



As rochas metamórficas derivam da transformação de rochas preexistentes. Estas transformações minerais, químicas e estruturais ocorrem por acção do calor, da pressão, de fluidos de circulação e do tempo. Este fenómeno designa-se por metamorfismo.


Metamorfismo - Conjunto de modificações ocorridas no estado sólido na composição e na estrutura de uma rocha submetida a condições de temperatura e de pressão diferentes daquelas em que se formou.

Rochas magmáticas

Rochas magmáticas


Os magmas formam-se no interior da Terra, em locais onde as condições de pressão e temperatura permitem a fusão das rochas. O magma tende a ascender na crusta e aproximar-se da superfície por ser, normalmente, menos denso do que as rochas envolventes. Ao fazê-lo, arrefece e entra em consolidação, formando rochas magmáticas.



Se o magma consolida no interior da crusta, origina rochas magmáticas intrusivas ou rochas plutónicas, como, por exemplo, o granito. Se o magma consolida à superfície ou próximo dela, originam rochas magmáticas extrusivas ou rochas vulcânicas, como o basalto, o andesito ou o riólito.



Rochas plutónicas e rochas vulcânicas apresentam aspectos texturais diferentes que fornecem informações sobre as condições da sua génese. As rochas plutónicas, como o granito, apresentam, normalmente, minerais de grandes dimensões (identificáveis à vista desarmada) - um arrefecimento lento em profundidade é favorável ao crescimento dos cristais. Pelo contrário, nas rochas vulcânicas, os minerais são geralmente de pequenas dimensões - um arrefecimento rápido à superfície é desfavorável ao crescimento dos cristais.



As rochas magmáticas e as rochas metamórficas representam 95% do volume da crosta terrestre. Apesar de estas rochas, em regra, não apresentarem fósseis, fornecem muitas informações sobre as condições em que se deu a sua génese e, portanto, sobre o passado da Terra.

As rochas magmáticas afloram em várias regiões do nosso país. No continente são mais abundantes os granitos e, nos Açores e na Madeira, são mais abundantes os afloramentos de basalto.



Nas rochas magmáticas e nas rochas metamórficas não é vulgar encontrar fósseis, pois as condições de formação destas rochas destroem os restos dos seres vivos. No entanto, cinzas vulcânicas assim como certas escoadas lávicas possuem frequentemente fósseis.


Afloramentos - Parte de um jazigo mineral que aparece na superfície terrestre, mas que teve posição original imersa, mais ou menos profunda.