Teoria da origem do sistema solar - Hipótese Nebular
Hoje considera-se que o Sol e os planetas do sistema solar evoluíram pelos mesmos processos e ao mesmo tempo que a Terra, há cerca de 4600 M.a. Durante centenas de anos foram elaboradas teorias que procuraram explicar os factos então conhecidos. No entanto, nos últimos anos, os astrónomos aceitam a Teoria Nebular, como a hipótese mais plausível, embora com algumas alterações à Teoria Nebular original - Teoria Nebular Reformulada.
[Imagem Porto Editora]
No disco proto-planetário ter-se-iam verificado colisões entre as partículas que agregando-se, isto é, acreccionando, teriam originado corpos rochosos cada vez maiores designados por planetesimais, cujo aumento da massa permitiu a retenção de uma atmosfera. Os cometas e alguns asteróides são restos desses planetesimais, sendo, por isso, dos mais antigos corpos do Sistema Solar. Os primeiros planetas telúricos teriam aparecido nas zonas mais densas do disco proto-planetário, isto é, mais próximo do Sol, tendo a radiação solar impedido a incorporação dos elementos menos densos na constituição destes planetas, ficando a ser constituídos por elementos mais densos como o ferro, o níquel, o oxigénio e o silício. Os planetas gigantes encontram-se mais afastados do Sol e isto foi consequência da radiação solar, que afastou da sua vizinhança a maior parte dos elementos químicos menos densos, como o hidrogénio e o hélio, no estado gasoso - devido à grande distância ao Sol, os gases passaram, em grande parte, ao estado sólido. Toda esta evolução ter-se-ia dado num período de tempo relativamente curto, de alguns milhões de anos.
A teoria nebular reformulada é coerente com os seguintes factos observados:
- Todos os corpos do Sistema Solar têm uma idade idêntica.
- Todas as órbitas planetárias são quase complanares, formando um disco.
- Os movimentos dos planetas nas suas órbitas são todos no mesmo sentido.
- Os planetas têm movimentos de rotação no mesmo sentido, excepto Vénus e Úrano.
- A densidade dos planetas mais próximos do Sol é superior à dos planetas mais afastados.
Não explica, no entanto, a baixa velocidade de rotação apresentada pelo Sol.